
I apologize to my english-speaking readers, but since today is election day here in Portugal, I have to write this blog post in Portuguese. :)
Bom. Queria apenas partilhar um pouco da minha revolta ao abrir o jornal Global na terça-feira, dia 22 de Setembro. Eram oito da manhã e estava a receber esse mesmo jornal que tanto gosto de ler todos os dias durante a viagem até ao liceu. A notícia que mais sobressaía, o título com letras grandes e a bold, dizia o seguinte:
"Decisão dos portugueses em 60 toneladas de papel
Eleições legislativas de domingo obrigaram à impressão de mais de 11,8 milhões de boletins de voto em 60 toneladas de papel branco reciclado, uma operação que custou 280 mil euros"
Diga-se de passagem que a minha reacção foi logo de horror. 280 mil euros para 11.821.500 milhões de boletins que por si equivalem a 60 toneladas de papel. Agora digam-me lá, estamos em que década? Cá para mim já estamos nos anos 2000, século XXI, mais conhecido pelo século das novas tecnologias. Ora, será que com tanto investimento nas tecnologias não seria possível poupar à Imprensa Nacional e à Casa da Moeda essa massa toda e poupar, não sei, talvez, umas árvorezinhas?
Ah calma, vamos lá ver uma coisa: "Desde 1994 que o papel dos boletins de voto é reciclado, branco, liso e não transparente, explicou a directora-geral da Administração Interna, Rita Faden". Ah, pronto, é reciclado. Então já não faz mal nenhum! Desculpem lá, mas isto provoca-me uma diversão de tal forma, pensar que estamos no ano em que estamos e ver que as novas tecnologias ainda não são aplicadas nas eleições. Quem sabe, até poderíamos utilizar o nosso produto exclusivo e nacional, o bem estimado Magalhães. Escusado será dizer que de hoje a duas semanas irão ser utilizados três vezes mais boletins durante as eleições autárquicas.
O que é mais irónico é que esta notícia estava mesmo por baixo de outra muito pequenina da Quercus.
Podia ter escrito um blog mais interessante, a apresentar a minha opinião em relação ao estado do país e o que seria a minha escolha se não tivesse o azar de ter dezassete anos logo num ano de eleições, mas a verdade é que não tenho muita... consciência e discurso político para tal. Fica aqui então a minha opinião sobre uma coisa que pensava que nem estaria em causa.
- Ana
é, Lo, tambem me faz uma certa espécie. Isso, a ignorancia de muitos portugueses e a abstençao.
ReplyDeleteMas "'bora lá" Portugal, é assim que se avança pelos vistos (!?)
beijinhos
A minha cronista favorita <3
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